quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Influenza

Nas últimas duas semanas o Japão tem estado em polvorosa por causa dessa onda de influenza H1N1 que finalmente chegou às terras nipônicas, é incrível como um país pode se tornar um inferno de uma hora para outra.

Com os recentes casos que são cada vez mais frequentes, o governo japonês entrou em estado de alerta, e a população, que vive acostumada com uma rotina na qual parece que nada no mundo pode afetá-los, finalmente está tomando consciência de que ninguém está imune a nada nesses tempos de globalização.

O mais incrível é que novamente vejo uma histeria generalizada tomando conta dos japoneses, da mesma forma que aconteceu com a SARS e a gripe aviária da China. A falta de informação e outras várias informações incompletas levam a um medo muitas vezes exarcebado. O estoque de máscaras e desinfetante para as mãos, tem se esgotado, não em questão de horas, mas em menos de uma hora, nas cidades em que se encontram pessoas infectadas. E mesmo o governo tendo colocado a disposição da população, centros de informação para tirar dúvidas, há aqueles que ligam para perguntar as coisas mais absurdas, e olha que alguns tem muita imaginação.

Por exemplo, algumas pessoas ligaram dizendo que apertaram a mão de um estrangeiro, e se havia algum perigo de contágio por causa disso. Outras em um caso mais recente na epidemia que se alastra por Kobe e Osaka, ligaram para perguntar se seria seguro receber correspondência que provinha desses locais. E há pessoas comprando via internet, remédios contra influenza que são proibidos no Japão.

Fora que em algumas cidades estão declarando fechamento de escolas, cancelamento de casamentos, shows e eventos esportivos, tudo para evitar a aglomeração de pessoas, e algumas empresas estão obrigando seus funcionários a trabalhar com máscara, para evitar uma contaminação que em muitos lugares, ainda nem existe.

A verdade por trás de tudo é que o Japão, com sua alta concentração populacional, é um lugar muito difícil de se barrar uma doença como essa, e as dores de cabeça do ministério da saúde do Japão, estão apenas começando.





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