quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cristóvão Colombo


Cristóvão Colombo (República de Génova, 1451 — Valladolid, 20 de Maio de 1506) foi um navegador e explorador europeu, responsável por liderar a frota que alcançou a América em 12 de Outubro de 1492, sob as ordens dos Reis Católicos de Espanha. Empreendeu a sua viagem através do Oceano Atlântico com o objectivo de atingir a Índia, tendo na realidade descoberto as ilhas das Caraíbas (Antilhas) e, mais tarde, a costa do Golfo do México na América Central.

Origem e primeiros anos

A data do nascimento de Colombo pode ser determinada com alguma precisão, pois num documento datado de 31 de Outubro de 1470 afirma-se que Cristóvão Colombo, filho de Domenico é já maior de dezanove anos. O que, juntamente com o documento Assereto, onde ele próprio afirma ter "cerca de 27 anos", permite precisar o ano do seu nascimento como sendo o de 1451, entre 25 de Agosto e 31 de Outubro.

Segundo a documentação existente, era natural de Génova, tendo provavelmente nascido no bairro de Quinto, onde o seu pai residia já em 1429.

Numa minuta datada de 25 de Agosto de 1479, Colombo é referido como "cidadão Genovês". O mesmo documento, denominado "documento Assereto", no qual Colombo é citado como testemunha num processo judicial sobre uma compra de açúcar na Ilha da Madeira na qual esteve envolvido, transcreve a afirmação de Colombo sobre a sua idade à época, cerca de 27 anos, e que estava de partida para Lisboa. O documento refere ainda os mercadores Genoveses Paolo di Negro e Lodovico Centurione, cujos herdeiros são citados nos testamentos de Colombo (1506) e do seu filho Diogo (1523). Atrávés deste documento sabe-se, com certeza, que em 1479 Colombo trabalhava como representante da casa Centurione no comércio do açúcar, tendo já visitado a Madeira e parecendo já estar estabelecido em Lisboa.

Sobre a família de Colombo, sabe-se pela documentação existente que era filho de Domenico Colombo, e neto de Giovanni Colombo, morador em Quinto, e já defunto a 20 de Abril de 1448. Tinha ainda um tio chamado António Colombo e uma tia Battistina, casada com Giovanni Frittalo, a qual foi dotada no referido ano de 1448 .

A 21 de Fevereiro de 1429 o pai de Colombo, Domenico, foi enviado pelo seu pai Giovanni, avô de Colombo, para casa de um tecelão Alemão, como aprendiz dessa arte, por um prazo de seis anos. Giovanni, originário de Moconesi, era então habitante em Quinto.

Vários documentos notariais Genoveses atestam a presença em Espanha dos três filhos de Domenico, Bartolomeu, Cristóvão e Giacomo. Em 1489, após um processo entre Domenico e o pai do seu genro, Giacomo Bavarello, queijeiro, este, já viúvo, assina na qualidade de legítimo administrador da parte dos seus três filhos. A 11 de Outubro de 1496, um acordo é assinado entre Giovanni Colombo de Quinto e Matteo e Amighetto, seus irmãos, todos filhos de Antonio Colombo já defunto, segundo o qual o primeiro deles se deveria dirigir a Espanha, a expensas comuns, para «visitar o almirante Cristóvão Colombo». Em 1501, alguns cidadãos de Savona juraram que Cristóvão, Bartolomeu e Giacomo Colombo, filhos e herdeiros do defunto Domenico são «há muito tempo afastados da cidade e território de Savona, para lá de Pisa e de Nice em Provença, e que vivem em Espanha, como toda a gente sabe e o sabia já.

As quatro viagens ao Novo Mundo


Colombo partiu em sua primeira viagem de Palos de la Frontera (Huelva, Espanha), em 3 de agosto de 1492, com três pequenas embarcações: a nau Santa Maria e as caravelas Niña e Pinta. Tocou na Grã-Canária e rumou para Sudoeste; no dia 12 de outubro de 1492, chegou a um ilhéu das Bahamas a que deu o nome de São Salvador. Continuando a navegar costeou Cuba (segundo os próprios cubanos o nome é derivado da palavra Taíno, "cubanacán", significando "um lugar central") e chegou ao Haiti a que deu o nome de Hispaniola. Dizendo ter chegado à Índia deixou lá uma pequena colônia e regressou à Europa.

A sua segunda viagem iniciou-se em 1493, com três naus e catorze caravelas. Nela avistou as Antilhas e abordou a Martinica. Rumou depois para o norte e alcançou Porto Rico. Foi a Hispaniola onde a pequena colônia tinha sido arrasada pelos indígenas. Tendo ali deixado outro contingente de homens, navegou para o ocidente e chegou à Jamaica. Nessa viagem fundou Isabela, atual Santo Domingo, na República Dominicana, a primeira povoação européia no continente americano.

Para a terceira viagem, partiu em 1498, com seis naus, tendo chegado à ilha da Trinidad depois de uma atribulada viagem. Rumando ao sul chegou a uma grande terra que pensou ser uma ilha, a que chamou de Gracia. Rumando ao norte chegou a Santo Domingo, onde entrou em conflito com o governador, vindo ele e o irmão a ser presos e enviados para Castela.

Na quarta viagem, saiu de Cádiz com quatro naus em 1502, propondo-se uma vez mais a chegar ao Oriente. Avistou a Jamaica e, depois de grande tempestade, chegou à Ilha de Pinos nas Honduras. Avistou depois as costas da Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Devido ao péssimo estado das naus teve de regressar a Hispaniola, de onde voltou para Castela.


Saindo do porto de Palos, por Evaristo Dominguez, no município de Palos de la Frontera.


Felipe S.S Nakata



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